Bitcoin despenca: o que levou a criptomoeda a cair após recorde histórico?
O Bitcoin despenca e assusta investidores após atingir um recorde histórico de US$ 109.000 em 20 de janeiro de 2025. A maior criptomoeda do mundo caiu até 28% em poucas semanas, seguindo uma série de fatores que abalaram o mercado financeiro global.
As razões por trás da queda vão desde preocupações macroeconômicas até questões específicas do mercado cripto, como um megahack de US$ 1,5 bilhão e saídas expressivas de ETFs de Bitcoin.
Neste artigo, analisamos os principais fatores que influenciaram essa forte correção e o que esperar para os próximos meses.
Bitcoin despenca com preocupações macroeconômicas
A volatilidade do Bitcoin não ocorre isoladamente. O mercado financeiro global também apresentou quedas expressivas no mesmo período.
🔹 O Índice Nasdaq 100 caiu cerca de 7% desde seu último recorde, em 19 de fevereiro.
🔹 O aumento nos Títulos do Tesouro dos EUA refletiu a busca por ativos considerados mais seguros.
A queda do Bitcoin está ligada ao seu perfil de ativo de alta beta, ou seja, ele tende a amplificar os movimentos do mercado acionário. Além disso, as novas tarifas comerciais impostas pelo governo Trump geraram preocupações sobre o impacto na economia global, afetando ativos especulativos, como o BTC.
O maior hack da história das criptomoedas
Outro fator crucial para a queda do Bitcoin foi um dos maiores roubos da história cripto. Em 21 de fevereiro, a exchange Bybit foi hackeada, resultando na perda de US$ 1,5 bilhão.
Esse ataque foi atribuído ao Grupo Lazarus, da Coreia do Norte, e impactou um tipo de custódia cripto considerado extremamente seguro: a cold wallet.
🔹 A perda bilionária abalou a confiança dos investidores.
🔹 Houve uma onda de vendas de pânico, contribuindo para a queda do Bitcoin e do Ethereum.
Com a credibilidade do mercado em xeque, muitos investidores optaram por reduzir sua exposição ao Bitcoin, esperando um ambiente mais estável antes de retomar as compras.
Saídas recordes dos ETFs de Bitcoin
A retirada de capital dos ETFs de Bitcoin à vista nos EUA também impulsionou a queda da criptomoeda.
📉 O mês de fevereiro registrou a maior saída líquida mensal dos ETFs de BTC desde sua criação, totalizando cerca de US$ 3,3 bilhões.
O efeito dominó é evidente:
- Preço do Bitcoin cai → Investidores retiram dinheiro dos ETFs.
- ETFs liquidam posições → Pressão de venda aumenta.
- Mais investidores se desfazem do Bitcoin, ampliando a correção.
Segundo Michael Rosen, da Angeles Investments:
“O dinheiro especulativo entra e sai do Bitcoin rapidamente, o que intensifica os movimentos de queda.”
“Cash and Carry”: a estratégia que acelerou a liquidação
Uma estratégia popular entre fundos hedge também teve impacto na venda massiva de Bitcoin.
O chamado “negócio de cash and carry”, que busca lucrar com diferenças entre o preço à vista e o futuro do Bitcoin, sofreu desmontes significativos.
📉 Os prêmios dos futuros de Bitcoin caíram para 5,7%, sinalizando que muitos traders estavam saindo da posição.
Com isso, as liquidações desses contratos reforçaram a pressão vendedora no mercado.
A frustração com a política pró-Bitcoin de Trump
Antes da eleição de Donald Trump, muitos investidores acreditavam que sua política seria extremamente favorável ao setor cripto.
O ex-presidente:
✅ Prometeu criar um estoque nacional de Bitcoin com ativos apreendidos.
✅ Defendeu regulações mais amigáveis para o setor.
No entanto, pouco progresso real foi feito até agora, o que gerou frustração no mercado. Além disso, alguns estados, como Montana, Dakota do Norte e Wyoming, rejeitaram propostas para criar reservas estaduais de Bitcoin, sinalizando resistência política ao setor.
Essa falta de avanços concretos, portanto, reduziu o entusiasmo dos investidores. Como resultado, eles começaram a reavaliar suas expectativas para o futuro regulatório das criptomoedas nos EUA.
O que esperar para o Bitcoin nos próximos meses?
Com a recente correção, muitos investidores se perguntam se o Bitcoin ainda tem espaço para novas quedas ou se essa fase representa uma oportunidade de compra.
🔹 Cenário otimista: Caso o mercado global estabilize e a confiança retorne, o Bitcoin pode se recuperar e retomar sua trajetória de alta.
🔹 Cenário pessimista: Se a saída de capital continuar, novas quedas podem levar a criptomoeda para níveis próximos de US$ 70.000 – US$ 75.000.
Analistas recomendam cautela e gestão de risco ao investir no Bitcoin neste momento. O mercado ainda enfrenta desafios, mas a tendência de longo prazo para o ativo digital continua positiva.
Bitcoin despenca: Conclusões
O Bitcoin enfrentou uma das maiores quedas dos últimos meses. Além disso, essa desvalorização foi impulsionada por fatores macroeconômicos, hacks bilionários e, consequentemente, pela saída de capital de ETFs.
Embora o momento seja de incerteza, investidores experientes veem essas correções como parte natural do ciclo de mercado das criptomoedas.
Seja você um investidor de longo prazo ou, por outro lado, um trader de curto prazo, é essencial acompanhar as tendências do mercado. Além disso, adotar estratégias de proteção pode ser fundamental para navegar com mais segurança pelos períodos de alta volatilidade.
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