
O ano de 2024 foi desafiador para os investidores brasileiros, com quedas expressivas no Ibovespa e no IFIX. Enquanto isso, os ativos internacionais, impulsionados pela valorização do dólar e o desempenho positivo de mercados globais, se destacaram como uma alternativa mais estável e rentável para investir.
Se você ainda não diversificou sua carteira, 2025 pode ser o momento ideal para aproveitar oportunidades no mercado internacional. Neste artigo, explicaremos as vantagens de investir fora do Brasil, os setores promissores e como iniciar sua jornada de diversificação.
Por que investir em ativos internacionais?
A diversificação internacional vai além da busca por retornos financeiros. Ela oferece proteção contra riscos locais, como a volatilidade da moeda e questões fiscais. Em 2024, o dólar subiu 27%, enquanto índices como o S&P 500 e o Nasdaq tiveram ganhos de 24,9% e 25,6%, respectivamente. No mesmo período, o Ibovespa caiu 10,4% e o IFIX recuou 6%.
Principais benefícios:
- Proteção cambial: O dólar valorizado atua como uma barreira contra a inflação local.
- Acesso a empresas globais: Investir em mercados como o dos EUA permite participação em setores inovadores, como tecnologia e energia renovável.
- Retornos consistentes: Historicamente, o mercado americano apresenta um retorno médio anual superior a 11%.
Setores promissores para 2025
Embora ainda haja incertezas relacionadas ao segundo mandato de Donald Trump, setores específicos estão atraindo a atenção de analistas:
1. Energia e Indústria
A agenda de desregulamentação prometida pela nova gestão nos EUA pode beneficiar empresas de energia, especialmente petróleo e gás, bem como setores industriais. Empresas como Exxon Mobil (XOM), por exemplo, e Caterpillar (CAT), além disso, estão entre as mais recomendadas.
2. Tecnologia
As big techs continuam sendo líderes globais em inovação. Nomes como Microsoft (MSFT) e Tesla (TSLA) permanecem como apostas sólidas para investidores que buscam crescimento exponencial.
3. Ações de dividendos
Para quem busca menor volatilidade, empresas de dividendos como Pepsico (PEP) e Vodafone (VOD) são opções atrativas.
Como construir uma carteira focada em ativos internacionais
Estratégia 60/40
Especialistas sugerem um equilíbrio de 60% em renda variável e 40% em renda fixa, ajustando conforme o perfil do investidor.
Renda Variável:
- S&P 500 ETFs: Como o iShares Core S&P 500 ETF (IVV).
- Setores Temáticos: Incluindo fundos de tecnologia e energia.
Renda Fixa:
- Títulos do Tesouro Americano: Treasuries de curto prazo oferecem retornos entre 4% e 6%.
- TIPS: Indexados à inflação, são recomendados para proteção do capital.
Dicas para começar a investir em ativos internacionais
- Invista de forma recorrente: Adote a estratégia de preço médio, comprando dólares mensalmente para evitar variações bruscas no câmbio.
- Foque na tese do ativo: Escolha ações ou fundos com fundamentos sólidos, em vez de se concentrar apenas na valorização do dólar.
- Conheça as taxas: Esteja ciente dos custos envolvidos, como tarifas de corretoras e impostos sobre lucros no exterior.
Conclusão
Investir em ativos internacionais não é apenas uma tendência; é, acima de tudo, uma necessidade, especialmente em tempos de instabilidade econômica local. Ao diversificar sua carteira, incluindo ações globais, fundos temáticos e títulos do Tesouro Americano, você não só protege seu patrimônio, mas também cria oportunidades que abrem caminho para maiores retornos no longo prazo.
Em 2025, especialmente com a perspectiva de crescimento em mercados internacionais e o dólar em alta, o momento, portanto, se mostra extremamente propício para explorar novas e promissoras oportunidades fora do Brasil.
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