A recente Medida Provisória (MP) publicada pelo governo federal, no dia 11 de junho de 2025, que define um Novo IR para investimentos trouxe uma grande mudança para o mercado financeiro brasileiro. A partir de 1º de janeiro de 2026, o governo passará a tributar uma série de ativos financeiros que antes eram isentos de Imposto de Renda (IR). Produtos como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e debêntures incentivadas terão uma nova alíquota de 5% sobre os rendimentos. Essa mudança está gerando grandes discussões sobre os impactos no mercado de investimentos.
O Que Muda com o Novo IR para Investimentos?
Até agora, a isenção de Imposto de Renda tornava produtos como LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures altamente atrativos para investidores. Contudo, a partir de 2026, essas aplicações passarão a ter uma alíquota de 5% sobre os rendimentos, deixando de ser isentas. A mudança afetará tanto investidores novos quanto os que já possuem esses ativos. Para os investimentos adquiridos antes de 2026, a isenção continuará vigente, mas os papéis comprados a partir dessa data terão a tributação aplicada.
Principais ativos afetados pela mudança:
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário): Perderá a isenção de IR a partir de 2026, passando a ter uma tributação de 5% sobre os rendimentos.
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): Assim como a LCI, passará a ser tributada com 5% de IR sobre os rendimentos.
- CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários): Também perderá a isenção e será tributada a partir de 2026.
Impacto do Novo IR para Investimentos no Mercado Financeiro
A alteração representa um impacto direto no mercado financeiro, especialmente para investidores que se beneficiavam da isenção de IR desses ativos. Para aqueles que já possuem esses papéis, a mudança afetará apenas os novos investimentos realizados a partir de 2026. Embora a alíquota de 5% seja mais vantajosa em relação a outras formas de tributação (como CDBs e Tesouro Direto, que terão alíquotas mais altas), ela representa uma perda importante para os investidores, que até então estavam aproveitando a isenção tributária.
A medida também levanta discussões sobre a falta de cortes estruturais de gastos do governo. Muitos especialistas defendem que a extinção da isenção deve acompanhar ajustes fiscais mais profundos.
A Janela de Oportunidade em 2025
Com a mudança programada para 2026, o ano de 2025 se torna uma janela estratégica para os investidores que desejam aproveitar a isenção de Imposto de Renda enquanto ela ainda está vigente. Especialistas sugerem que 2025 será um ano de ouro para quem deseja investir em LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures, travando esses produtos antes da mudança nas regras fiscais. A antecipação dos aportes pode ser uma excelente estratégia para maximizar os rendimentos sem a tributação de 5%.
O Novo IR para investimentos e a Repercussão no Mercado
O governo justifica a mudança como uma forma de uniformizar a tributação dos investimentos no Brasil, combatendo distorções no mercado. Investidores e especialistas, no entanto, resistem à medida e temem que ela reduza o apelo desses produtos. A perda da isenção pode fazer com que os investidores busquem alternativas mais vantajosas em termos de tributação, como os fundos imobiliários ou outros ativos de renda fixa.
Alterações para Fundos de Infraestrutura e Criptomoedas
Além das mudanças para LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures, a Medida Provisória também afeta os Fundos de Infraestrutura (FI-Infra) e as criptomoedas. O governo passará a tributar os FI-Infra a partir de 2026, aplicando uma alíquota de 5% sobre os rendimentos e ganhos de capital. Já as criptomoedas, que hoje têm uma isenção sobre os ganhos de capital de até R$ 35 mil por mês, também perderão essa isenção. A partir de 2026, todas as operações com ativos digitais, incluindo tokens de renda fixa, serão tributadas com uma alíquota de 17,5%.
Impacto nos Fundos Imobiliários e Fiagros
A mudança também atinge os Fundos Imobiliários (FIIs) e os Fiagros, que até agora tinham isenção de IR sobre os dividendos distribuídos aos investidores. A partir de 2026, o governo tributará tanto os dividendos quanto os ganhos de capital em 5%, o que pode afetar a rentabilidade e a decisão de investimento em tais ativos.
O Novo Cenário Tributário e Seus Efeitos
O novo IR para investimentos, que afeta LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures, marca uma mudança substancial no mercado financeiro brasileiro. A medida, embora tenha uma alíquota de 5%, que é mais favorável do que outras opções de investimento, representa uma perda importante para os investidores que dependiam da isenção de Imposto de Renda. O ano de 2025 será crucial para aqueles que buscam aproveitar os rendimentos isentos antes que as novas regras tributárias entrem em vigor.
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